Os sistemas robotizados fazem parte de nossa sociedade já há bastante tempo. Temos elevadores que, com simples toque de um botão, nos levam ao andar desejado, param e abre-se a porta, tudo automaticamente. Sacamos dinheiro, efetuamos depósitos e pagamentos em caixas eletrônicos, sem interagir com um humano. O portão da garagem pode ser acionado de longe, ainda dentro do veículo. Na industria, a precisão dos robôs é indispensável. Na medicina, vidas são salvas graças ao avanço tecnológico. E, de simples mecanismos a sofisticados robôs, como os de pesquisa submarina ou interplanetária, vê-se uma abrangência muito grande da tecnologia.
Em qualquer cidade se faz necessário a interação homem x máquina e, cada vez mais, a população ativa se locupleta em suas atividades diárias com mecanismos que a levam, no mínimo, a pensar sobre a evolução tecnológica a que estamos inseridos. Saído da ficção científica, os robôs são hoje realidades fantásticas desenvolvidas pelo homem a serviço do homem. Máquinas programadas para se adaptar ao ambiente e interagir com o meio, os robôs possibilitam ao homem a tranqüilidade de que poderão substituí-lo em tarefas consideradas perigosas ou inacessíveis a ele, ou até mesmo em rotinas que liberem a pessoa humana para atividades mais de lazer e convívio com a família, de criação e uso do intelecto que, por mais desenvolvido que se pense um robô, sabe-se que este nunca superará o homem, pelo simples fato de que o próprio homem desconhece as suas potencialidades e seus limites intelectuais. Entretanto, os meios de produção, são beneficiados com esta nova tecnologia que se expande e se aprimora a cada dia.
A robótica é considerada hoje a mola mestra de uma nova mutação dos meios de produção, isto devido a sua versatilidade, em oposição à automação fixa ou “hard”, atualmente dominante na indústria. Os robôs, graças ao seu sistema lógico ou informático, podem ser reprogramados e utilizados em uma grande variedade de tarefas. Mas, não é a reprogramação o fator mais importante na versatilidade desejada e sim a adaptação às variações no seu ambiente de trabalho, mediante um sistema adequado de percepção e tratamento de informação. (Ferreira, Edson de Paula, 1991, p.4)
Mas, poderá a robótica ser também um instrumento de uso em escola, como meio de desenvolvimento do intelecto? Ser usada como veículo de aprendizagem? Com que propósitos pode se desenvolver robôs, programá-los e analisá-los em um ambiente educacional? Segundo Saymour Papert, a escola está no contexto da sociedade e como tal, vive “ou deve viver” a mesma revolução tecnológica dos dias atuais.
A Robótica utilizada na educação,também conhecida como Robótica Pedagógica, é caracterizada por ambientes de aprendizagem onde o aluno pode montar e programar um robô ou sistema robotizado. Vai desde a simulação na tela do computador, como por exemplo, a implementação de um relógio digital ou contador que aparece na tela do computador e possui apenas sensores externos até meios físicos externos ao computador. Um robô inteligente com capacidade de decisão numa competição pode ser um projeto bastante estimulante ao aprendiz e é viável numa escola.
Para ser colocada em prática exige investimentos na aquisição dos kit LEGO ( módulos de plásticos, acompanhados de polias, engrenagens, leds, motores, sensores, etc), bem como na capacitação de professores para atuarem como facilitadores , com conhecimentos da linguagem de programação LOGO e dos referenciais pedagógicos construtivistas, apoiado na Epistemologia Genética.
Fonte:http://www.pgie.ufrgs.br
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