segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Robótica na Educação

Os sistemas robotizados fazem parte de nossa sociedade já há bastante tempo. Temos elevadores que, com simples toque de um botão, nos levam ao andar desejado, param e abre-se a porta, tudo automaticamente. Sacamos dinheiro, efetuamos depósitos e pagamentos em caixas eletrônicos, sem interagir com um humano. O portão da garagem pode ser acionado de longe, ainda dentro do veículo. Na industria, a precisão dos robôs é indispensável. Na medicina, vidas são salvas graças ao avanço tecnológico. E, de simples mecanismos a sofisticados robôs, como os de pesquisa submarina ou interplanetária, vê-se uma abrangência muito grande da tecnologia.
Em qualquer cidade se faz necessário a interação homem x máquina e, cada vez mais, a população ativa se locupleta em suas atividades diárias com mecanismos que a levam, no mínimo, a pensar sobre a evolução tecnológica a que estamos inseridos. Saído da ficção científica, os robôs são hoje realidades fantásticas desenvolvidas pelo homem a serviço do homem. Máquinas programadas para se adaptar ao ambiente e interagir com o meio, os robôs possibilitam ao homem a tranqüilidade de que poderão substituí-lo em tarefas consideradas perigosas ou inacessíveis a ele, ou até mesmo em rotinas que liberem a pessoa humana para atividades mais de lazer e convívio com a família, de criação e uso do intelecto que, por mais desenvolvido que se pense um robô, sabe-se que este nunca superará o homem, pelo simples fato de que o próprio homem desconhece as suas potencialidades e seus limites intelectuais. Entretanto, os meios de produção, são beneficiados com esta nova tecnologia que se expande e se aprimora a cada dia.
A robótica é considerada hoje a mola mestra de uma nova mutação dos meios de produção, isto devido a sua versatilidade, em oposição à automação fixa ou “hard”, atualmente dominante na indústria. Os robôs, graças ao seu sistema lógico ou informático, podem ser reprogramados e utilizados em uma grande variedade de tarefas. Mas, não é a reprogramação o fator mais importante na versatilidade desejada e sim a adaptação às variações no seu ambiente de trabalho, mediante um sistema adequado de percepção e tratamento de informação. (Ferreira, Edson de Paula, 1991, p.4)
Mas, poderá a robótica ser também um instrumento de uso em escola, como meio de desenvolvimento do intelecto? Ser usada como veículo de aprendizagem? Com que propósitos pode se desenvolver robôs, programá-los e analisá-los em um ambiente educacional? Segundo Saymour Papert, a escola está no contexto da sociedade e como tal, vive “ou deve viver” a mesma revolução tecnológica dos dias atuais.
A Robótica utilizada na educação,também conhecida como Robótica Pedagógica, é caracterizada por ambientes de aprendizagem onde o aluno pode montar e programar um robô ou sistema robotizado. Vai desde a simulação na tela do computador, como por exemplo, a implementação de um relógio digital ou contador que aparece na tela do computador e possui apenas sensores externos até meios físicos externos ao computador. Um robô inteligente com capacidade de decisão numa competição pode ser um projeto bastante estimulante ao aprendiz e é viável numa escola.
Para ser colocada em prática exige investimentos na aquisição dos kit LEGO ( módulos de plásticos, acompanhados de polias, engrenagens, leds, motores, sensores, etc), bem como na capacitação de professores para atuarem como facilitadores , com conhecimentos da linguagem de programação LOGO e dos referenciais pedagógicos construtivistas, apoiado na Epistemologia Genética.

Fonte:http://www.pgie.ufrgs.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário