terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Um amigo filósofo
Certo dia conheci um homem que me ensinou como buscar as respostas para as várias perguntas que sempre me acompanharam.
Tratava-se de um homem bom, simples e generoso, de modo que logo fiquei bem à vontade para expressar minhas inquietudes. Algumas perguntas, para mim tão antigas, ele respondeu com impressionante clareza e simplicidade. Porém, com o tempo, ao conviver com esse homem, percebi que ele não mais entregava as respostas prontas e lapidadas, mas ensinava-me como encontrá-las. Então, aos poucos, fui descobrindo que as belas respostas surgem após um processo de investigação e de busca do conhecimento.
Este homem que me ensinou tantas coisas não se denominava um sábio, mas um filósofo, e dizia que seu Mestre era infinitamente mais sábio do que ele. Então compreendi que a Filosofia, a busca da sabedoria, é um caminho, uma via, uma trilha, e foi justamente nesta trilha que encontrei o verdadeiro valor da amizade.
Meu amigo filósofo ensinou-me que para compreender as coisas é preciso, primeiramente, compreender que tudo tem uma causa, logo, nada acontece por acaso. Ensinou-me a prestar mais atenção à natureza, às estações do ano e, sobretudo, me fez ficar mais atento às coisas que penso, sinto, falo e faço.
Descobri então que o simples ato de caminhar, por exemplo, quando é realizado de forma natural e descondicionada, pode revelar muitas coisas acerca do caminho e também do caminhante.
Caminhar pela vida sem pressa e sem pausa, sempre observando e aprendendo com as maravilhas e também com os acidentes do caminho: eis um dos mais belos ensinamentos que os amigos da sabedoria costumam transmitir. Assim nos tornamos eternos aprendizes, sempre dispostos a desvendar os pequenos mistérios do cotidiano e sempre prontos a partilhar os ensinamentos que temos recolhido nesta bela trilha que chamamos Vida.
Fonte:www.nova-acropole.org.br
Autor: Gerson Rodrigues de Miranda
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