
Em audiência na Câmara dos Deputados, secretário de Telecomunicações do MiniCom destacou importância do PNBL para mudar esse cenário
Brasília, 27/04/2011 – Ao traçar o diagnóstico da internet de alta velocidade no Brasil aos deputados membros da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, o secretário de Telecomunicações do MiniCom, Nelson Fujimoto, disse que o país tem “tem uma banda larga cara, concentrada e lenta.” Ele acrescentou que 34% das conexões têm até 256 Kbps e somente um 1% da população tem conexão acima de 8 Mbps - índice mundialmente conhecido como de banda larga.
Ao lado do presidente da Telebrás, Rogério Santanna, e da representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Veridiana Alimonti, o secretário de Telecomunicações afirmou que, em termos de renda per capita, gasta-se em média 4,5% do PIB com conexão à banda larga. Nos países que já desenvolveram a internet de alta velocidade, essa cifra é de apenas 0,5%.
O secretário Nelson Fujimoto revelou que o serviço de banda larga fixa vem aumentando em ritmo rápido. Entre 2002 e 2010, o Brasil saltou de 0,6 a 15,5 milhões de conexões. Essa aceleração é atribuída ao programa ‘Computador para Todos’, que desde 2005 gerou uma produção de 16 milhões de computadores – o que fez o Brasil ultrapassar o Reino Unido e tornar-se o quarto produtor mundial.
A taxa de penetração de computadores nas residências, no entanto, não é a mesma com relação às conexões de internet. Fujimoto citou dados do IBGE para dizer que, enquanto 34,7% dos lares brasileiros adquiriram computadores, apenas 27,4% têm acesso à internet.
Um outro ponto destacado pelo secretário é a desigualdade regional em relação à internet. As regiões sul, sudeste e centro-oeste concentram os maiores números em termos de internet em comparação com o norte e nordeste. Entre as classes sociais, 90% da classe “A” têm conexão em alta velocidade. Enquanto que apenas 10% da classe “C” atingem esse patamar. O secretário também revelou que, até 2009, 55% das classes “C”, “D” e “E” nunca tinham acessado a internet.
Em relação ao Programa Nacional de Banda de Larga (PNBL), o secretário Fujimoto disse que o programa tem três dimensões: ampliar a cobertura do serviço em todo país, dar qualidade ao serviço e atacar a questão do preço - um dos elementos, segundo ele, limitadores da expansão da banda larga.
Nelson Fujimoto também enfatizou aos parlamentares que os objetivos do PNBL são quatro: redução da desigualdade social; redução da desigualdade regional; geração de empregos, renda e qualificação do serviço; e ampliar a competivividade brasileira no cenário internacional.
Fonte:http://www.mc.gov.br
Jornalista Eider Moraes Assessoria de Comunicação Social MC